sexta-feira, 13 de março de 2020

Corona vírus, o crash da bolsa de 29 e o pânico das massas


Em 1921 Freud escreveu “Psicologia das massas e análise do eu” em que fala o quanto o ser humano é suscetível a um líder, a um comando, e o quanto as pessoas perdem a capacidade de raciocinar, passando a agir apenas pelo emocional pela via da identificação. Essa suspensão da razão vem acontecendo diante do Covid-19. Todos sabemos o quanto temos muitas outras epidemias, acidentes e violência em nosso país, mas há uma ‘identificação Universal’ que está paralisando o mundo de forma devastadora. Esse fato nos mostra, acima de tudo, o quanto Freud estava certo ao colocar no começo do século passado que somos muito mais comandados pelo nosso inconsciente/emocional, do que pelo nosso consciente/racional. 

Mesmo sabendo de estatísticas e dados, agimos por desespero e pânico. Quantas
pessoas se suicidaram com o crash da bolsa de 1929? Quantas pessoas perderam trabalhos, projetos, família e dessa forma, perderam a vida? Esse vírus pode trazer mazelas biológicas, mas, acima de tudo, a forma de encará-lo está tirando sonhos, projetos, dinheiros e oportunidades para pessoas e países, podendo arrastar o mundo para uma situação devastadora. O vírus é o vilão? Não. Mas a forma de recebe-lo e enfrenta-lo poderia ser diferente. Urge que a sociedade inclua mais a saúde mental e possa ter mais forças para se destacar das massas e utilizar as emoções em parceria com a razão para tomar as diretrizes cabíveis em situações como essas.