Quando um líder de um grupo usa de seu poder para determinar que toda uma classe deve votar numa
mesma pessoa ele está usando de abuso de poder, coerção e rebaixando intelectualmente seus colegas.
Se para participar do grupo dos psicanalistas precisamos ser
idênticos, pensar exatamente igual e tomar atitudes semelhantes, ficar apenas
no nível da identificação e não passamos para uma relação de objeto...
Construímos uma sociedade narcisista, ditatorial,
massificada pelo senso comum ao invés de incentivar uma sociedade pensante,
formada por sujeitos que decidem, escolhem e respeitam, de fato, as diferenças.
Sair da identificação para a relação de objeto...
Sair da demanda do Outro para a decisão de sujeito...
Sair do ‘ser amado’ pelo grupo para uma escolha pessoal...
Não é uma tarefa fácil...
Mas é o compromisso inalienável do psicanalista!
Por: Fabiana Ratti, psicanalista
Psicologia das massas e análise do eu – Freud
A relação de objeto – Seminário IV de Lacan
A ética da psicanálise – Seminário VII de Lacan