sábado, 24 de março de 2012

O Estudante






Por: Fabiana Ratti

O Estudante, do mexicano Roberto Girault, faz lembrar a expressão: “nenhuma corrente pode ser mais forte do que seu elo mais fraco.” O que tem de mais forte no filme é, paradoxalmente, o seu elo mais fraco, e neste caso, é o amor.

O Estudante narra o trajeto de Chano (Jorge Lavat), um homem aposentado que decide fazer faculdade de Literatura e enfrenta situações adversas por preconceitos e conflitos de gerações. Com o tempo e atitudes de dedicação, Chano vai se inserindo entre os novos amigos.

O filme é lírico, poético e inspirado em frases de Dom Quixote, mas Girault, como bom iniciante que é, resvala na fórmula do amor como mágica mirabolante perdendo um pouco o compasso do filme. Torna tudo muito simplista como se bastasse o amor para superar as dificuldades sérias que a vida apresenta.

Por outro lado, marca um amor e uma preocupação de uns com os outros dentro do grupo que, realmente, vem faltando em nossa sociedade pós-contemporânea. Além de saborearem os amores e as amizades com atitudes e gestos que realmente emocionam, contando que estamos num mundo em que há um desespero pela beleza e juventude a qualquer custo, muitas vezes, havendo um esquecimento pelas belas e nobres atitudes de um homem frente a uma mulher e de jovens frente aos experientes e vividos senhores, atitudes tais que podem ser apreciadas no desenrolar do filme.

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